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Como deixar seus cursos mais inclusivos agora mesmo


Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) – essa sigla há muito deixou de ser pauta exclusiva dos movimentos sociais identitários e se tornou uma competência fundamental para os cidadãos do século XXI. As empresas de impacto global já incorporaram políticas e programas para dar vida a esse conceito, criando departamentos e comissões dedicadas a garantir oportunidades a todos os funcionários, independente de sua raça, classe, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião.


Para colaborar com a formação dos cidadãos do século XXI, é fundamental que o corpo docente integre práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão de maneira transversal a todo o conteúdo especializado trabalhado em seus cursos. Embora a tarefa possa parecer hercúlea, há algumas práticas que não exigem preparação de novos materiais nem investimento de recursos para tornar sua sala de aula mais inclusiva e democrática.


Abaixo, separamos 5 ideias que você pode começar a implementar agora mesmo.


1. Implemente acessibilidade em todo o seu material. A acessibilidade é imprescindível para alunos com deficiência e fundamental para alunos sem deficiência. Mesmo em turmas sem alunos com deficiência, é necessário apresentar aos alunos um modo de fazer inclusivo e acessível, para que possam implementar essas práticas em seus hábitos fora da escola e no mundo do trabalho. Lembre-se de sempre usar texto alternativo para suas imagens, considerar a qualidade do texto para leitores de tela, usar contrastes de cor adequados para pessoas de baixa visão, criar legendas para seus vídeos.

2. Atente para a linguagem usada nas aulas. O contrário de pessoa com deficiência não é “pessoa normal”, é simplesmente pessoa sem deficiência. Nenhuma criança é excepcional, salvo se ela for o jovem Einstein. Prefira “criança com deficiência intelectual”. Deficiência não é doença, nem palavrão.

3. Prefira utilizar linguagem inclusiva de gênero. Se o gênero é questão de ideologia ou não, não interessa. Independente do lado do espectro que esteja sua opinião, a verdade é que o gênero é uma parte fundamental da subjetividade do aluno e ninguém aprende onde não se sente acolhido. Alguns mais progressistas não se importam de adotar as formas terminadas em -e. Para os mais apegados à norma culta, prefira palavras sem marcação de gênero, como “turma”, “sala”, “pessoal” ao se referir ao grupo como um todo. ‘Recebam as boas-vindas’ em vez de ‘Sejam bem-vindos’, ‘Procure o setor de atendimento’ em vez de ‘Fale com a atendente’, ‘Consulte um profissional de saúde’ no lugar de ‘Consulte um médico’, são exemplos simples que podem fazer a diferença para que seus alunos se sintam apreciados e valorizados.

4. Atente para os exemplos que você apresenta. Nem todo médico é homem, nem toda enfermeira é mulher. Mas, nem tanto ao céu, nem tanto à terra: não torne seus exemplos caricatos ou motivos de piada forçando a representatividade de gênero.

5. Valorize esforços e práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão. Peça, por exemplo, para que seus alunos descrevam as imagens usadas ao longo da aula e em seus trabalhos e tarefas, essa prática fará com que incorporem o conceito de acessibilidade e inclusão, o que se tornará um diferencial para eles em sua vida profissional.


Juntos, podemos trabalhar para que a educação vá além de um direito universal abstrato e se transforme em um motor para o convívio ético.

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